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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ÓLEOS COM ERVAS MACERADAS


O que são e como fazer


Óleos macerados são óleos que oferecem benefícios através de princípios ativos de uma planta ou flor, que são extraídos para o óleo, o que vai facilitar a sua utilização.

Os óleos macerados podem ser feitos com qualquer planta mas é essencial que seja feito com óleo vegetal.  
Lavanda, mentha piperita (hortelã), calêndula, alecrim, são só algumas das opções que podemos utilizar.

Mas uma coisa é preciso que fique bem clara:

Óleo macerado não é óleo essencial!   


 A diferença é que o óleo essencial  é uma mistura de substâncias voláteis (evapora facilmente) extraídas diretamente de folhas, raízes, pétalas, caule, cascas de plantas através de diversos processos de destilação (principalmente à vapor) e são extremamente concentrados. O óleo macerado é feito a partir da infusão de ervas e /ou flores em um óleo vegetal (também conhecido como carreador) e podem ser facilmente produzidos em casa. Os óleos vegetais utilizados na infusão, são gorduras extraídas principalmente das sementes de plantas e frutas, possui consistência mais espessa que os óleos essenciais, não são voláteis e contam com alto poder de hidratação e nutrição.

Muitas ervas são adequadas para infusão, tanto aquelas com níveis elevados de óleos voláteis, quanto aquelas com componentes solúveis em gordura. Ervas como alecrim, lavanda, hortelã-pimenta, tanchagem, calêndula e erva baleeira são excelentes para fazer óleos macerados, pois são muito utilizadas como terapias alternativas.



 Como fazer esses óleos:

A ideia é de que a planta seja imersa em um óleo carreador de boa qualidade, tais como óleo de amêndoa, óleo de girassol, de jojoba, azeite, entre outros. Em seguida, a mistura deve ser deixada para aquecer naturalmente ao sol durante um período de 4 a 8 semanas ou, se preferir, pode aquecê-la em banho-maria por cerca de 2 horas. Este processo faz com que o óleo absorva as propriedades das plantas. Após este processo, deve-se filtrar o óleo para retirar os resíduos das plantas.  
Estes óleos macerados podem ser utilizados em massagens, banhos e para fazer formulações para a pele: bálsamos, pomadas, cremes, tratamentos para os cabelos, sabonetes etc. O uso de ervas secas garante maior vida útil ao óleo macerado.
O uso de ervas frescas podem introduzir a umidade ao óleo, o que diminui sua vida útil. Portanto, se optar pelo uso de ervas frescas, certifique-se de que elas não estejam molhadas antes de acrescentá-las ao óleo.    

É importante salientar que é preferível o uso de vidros âmbar ou verde escuro, para manter uma maior integridade da planta.
Existem 3 receitas básicas de produzir um óleo macerado : método de infusão a frio, método de infusão ao sol e método de infusão a quente . O método que vimos acima é a infusão a quente.


 Texto: Letícia Cunha
 Cosmetóloga e educadora-IEATA


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Você já ouviu falar na Erva baleeira?

Um poderoso Anti-Inflamatório natural



Nativa da Mata Atlântica brasileira, a Erva Baleeira é encontrada em quase todo o litoral, porém é mais comum no litoral-sul de São Paulo – região de Iguape – e no litoral de Santa Catarina. A Cordia verbenácea é uma planta comumente encontrada em trilhas e caminhos ecológicos do sul do Brasil. A ação dessa planta no nosso organismo, é a mesma ação causada pelos anti-inflamatórios e analgésicos quimicamente produzidos e comercializados por farmácias convencionais. Sua eficácia é comprovada nos tratamentos de reumatismo, úlceras, gastrites, artrite, dores musculares e nevralgias, contusões e em todo tipo de inflamações (possui uma ação anti-inflamatória muito potente), anti-séptica e cicatrizante.
A utilização dessa erva se dá tanto na forma interna quanto na externa, isto é, é utilizada como chá, tintura ou macerada em álcool.    

O uso da Erva Baleeira remete aos índios originais da Mata Atlântica e foi incorporado pelos colonizadores que chegaram na região litorânea do Brasil.  A sua utilização remete aos índios originais da Mata Atlântica e foi incorporado pelos colonizadores que chegaram na região litorânea do Brasil.
O nome popular “erva-baleeira” é proveniente da época em que a caça das baleias era permitida, e então era muito usada pelos pescadores no litoral das regiões Sul e Sudeste para cicatrização de ferimentos e alívio de contusões. Foram essas raízes culturais e o conhecimento tradicional desses brasileiros que trouxeram para o presente o uso de preparos caseiros como pomadas e compressas com as folhas da Cordia para tratamento de males diversos.



CURIOSIDADES...                                   
* O laboratório Ache  patenteou  a cordia verbenácea após anos de pesquisas.
* É usada como a base principal do anti-inflamatório Acheflan.
* O creme teve liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que classificou o produto na classe dos fitomedicamentos, que são fármacos que têm em sua composição apenas substâncias ativas extraídas de plantas, sem a mistura de princípios ativos sintéticos
* É um arbusto que atinge cerca de 2 metros, apresenta folhas compridas (com até 12 cm de comprimento), ásperas, com odor forte e persistente. As inflorescências surgem nas extremidades dos ramos, em forma de espigas curvadas para baixo, com flores brancas e miúdas. Os frutos, quando maduros, são vermelhos e medem aproximadamente 0,4 cm.
* Suas folhas possuem um forte aroma, que, muitas vezes é comparado ao caldo Knorr.




 Texto: Letícia Cunha
 Cosmetóloga e educadora-IEATA

Fonte:
ARAÚJO AA. Medicina rústica. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense; 1997.
BECKER B. Wild plants for human nutrition in the Sahelian zone. Journal of Arid Environments. 1986;11(1):61–64.

LORENZI H, Souza HM, Torres MA, Bacher VLB 2003: p. 384). Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa, Plantarum. 2003:p. 384.